sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Cap. 10- Encrenca.

Não consegui dormir direito e isso estava me dando raiva, não queria aparecer cheia de orelhas na escola.
Ainda não havia caído a ficha que aquilo podia estar acontecendo comigo, eu, indo ao baile do colégio com o garoto mais gato, logo eu, uma menina que sempre fui considerada estranha e desajeitada.
Por fim consegui dormir.
O dia estava ensolarado, como quase todos os dias aqui, a ansiedade logo que acordei veio a tona, demorou para mim perceber que ontem tudo foi real.
Vesti uma blusinha básica e calça jeans, sim, um dos meus defeitos é o orgulho, não queria passar a Nick que estava perdidamente apaixonada por ele e que estava desesperada para ele me levar ao baile. Tem também o fato que ainda estava com o plano em minha cabeça, quanto menos aproximidade melhor e mais fácil esquece-lo, mas agora com essa idéia do baile logo vi que o plano estava fracassando.
Logo que desci as escadas, feliz e saltitante, minha mãe percebeu a minha empolgação:
- Nossa, que alegria é essa em plena segunda feira?
- Não é nada demais mãe! – Abri um sorriso.
Tomei um copo de leite e peguei a minha bolsa em cima do sofá, estava ansiosa demais para comer.
No meio do caminho comecei a me sentir uma idiota, era patético aquela empolgação toda, sempre comentava com Laura sobre as meninas que fazem isso, e veja só, hoje estou no lugar delas. Ao mesmo tempo em que eu estava nessa explosão de alegria e ansiedade toda, por dentro ainda estava com medo, era muito raro acontecer essas coisas comigo, nunca vivi uma história de amor ou algo parecido, ok, não vou dizer que com 16 anos ainda sou bv, já beijei alguns meninos em algumas ocasiões, mas todos foram casos de um dia só.
O fato que mais me impressionava era que o garoto mais lindo da escola estava me dando trela, bom, assim eu achava.
Chegando na escola, eu ainda não tinha visto Nick e nem o seu carro, ele havia me dito que iria vir, tinha que me tranqüilizar.
Infelizmente o meu armário era o ultimo do corredor, graças a isso, eu tinha que andar uma longa fileira de armários até chegar no meu.
Meu armário estava um porre para abrir, achei estranho, logo que cheguei aqui o meu armário estava intacto e novinho em folha, porque estava duro de abrir deste jeito? Nem liguei para quem estava perto de mim ou se alguma inspetora me visse quebrando um bem da escola dei um murro no meu armário e ele abriu derrubando centenas de folhas amassadas de caderno no chão.
- Katy! – De cara pensei.
Eu já sabia que ela iria querer se vingar era típico de garotas como ela, ‘’o centro do universo sou eu, hello!’’.
Não vou falar aqui o palavrão que soltei, a minha alegria foi instantânea, aquela garota tinha acabado com ela.
Já nervosa sinto um cutucão nas minhas costas. Virei-me para dar o primeiro golpe e ainda bem que eu pensei antes, era a diretora esboçando um lindo e singelo sorriso para mim, que gritavam ‘’Você vai se ferrar!’’.
Fui conduzida para a diretoria, com a diretora nos meus calcanhares, de relance, vi Katy e suas seguidoras chorando de rir. Ela iria me pagar, ela não me conhecia.
Tomei uma advertência e ouvi uma longa conversa de que a escola tinha um nome a ser preservado e regras que tinha que ser rigorosamente compridas e blá blá blá.
Para minha sorte, a diretora disse que não iria ligar para os meus pais, expliquei a história toda e ela disse que iria investigar quem tinha feito aquilo, porém não justificava os meus golpes de karate no meu armário.
Sai daquela diretoria com os ouvidos doendo e uma advertência amassada no bolso.
Droga havia até me esquecido, logo vejo a figura linda e musculosa de um garoto sentado no banco da direção.
- Já se metendo em problemas?
Era Nick, me lançando um sarcástico sorriso.
- É, meus inimigos já aprontaram pra mim. – Sorri timidamente.
No meio do caminho expliquei a história toda.
- Típico da Katy.
Uma coisa que já sabia e ele comprovou, mas no meio dessa conversa toda, não pude deixar de perguntar.
- Peraí. - Parei-o de repente – Como sabia que eu estava na diretoria?
Ele lançou aquele sorriso de novo.
- Toda a escola viu você esmurrando o seu armário – E caiu no riso.
- Você também? – Corei na hora, imaginando ele olhando aquela cena constrangedora das minhas tentativas de abrir aquela droga de armário.
- Não, mas as fofocas eram bem intensas.
- Ah que legal, agora virei fofoca na boca de todos.
Ele botou as mãos sobre os meus ombros.
- Relaxa! – Soltando aquela risada que nos meus ouvidos eram a melhor sinfonia que já ouvi.
O seu toque fez o meu coração disparar, o seu perfume ficou grudado na minha blusa.

Cap. 9 – Convite.

Quando me dei conta, eu já estava entrando no carro de Nick, era um conversível vermelho, as duas perfeições, ele e o carro, completavam um ao outro.
A ultima cena que vi antes de partimos, foi o rosto furioso de Katy olhando diretamente para nós dois, o olhar dela dizia ‘’eu vou te matar’’. Porém, não fiquei com medo, agora que já estamos aqui, não gostaria de estragar nada.
Já estávamos na estrada, Nick dirigia numa velocidade agradável, o vento batia gostoso no meu rosto.
- Carro legal. – Comentei.
Ele olhou para mim e abriu um sorriso.
-Ganhei do meu pai de aniversário.
-Maneiro. – Foi a única coisa que consegui dizer.
No mínimo, ele tinha dinheiro, um carro desse não era barato.
Não falei mais nada depois disso, lembrei que quanto menos contato tivéssemos, melhor seria para mim esquece-lo de vez.
Mas no fim, ele quebrou o gelo.
-Estamos falando como antes agora.
Não sei se isso foi uma pergunta ou uma afirmação, mas tive que falar alguma coisa.
-Nunca paramos de nos falar.
Eu não olhei pra ele, mas senti e ouvi a sua risada.
-Não como agora.
A cada momento que se passava, eu sentia que o meu plano de nos afastarmos estava indo por água abaixo, e que eu estava o fazendo totalmente ao contrário, nesse momento, estávamos nos aproximando muito mais do eu queria, melhor dizendo, do que eu achava melhor.
Mas eu não conseguia me conter.
-Katy parecia furiosa depois que nos viu indo embora.
Ele abaixou os olhos e sorriu.
-Hoje é o aniversário dela, e nós resolvemos ir a praia para comemorar.
Na hora, na minha cabeça veio duas hipóteses.
A) Ele resolveu me levar porque a reuniãozinha deles estava muito chata.
B) Porque ele estava afim de mim e queria um tempo a sós comigo.
Descartei completamente a alternativa B, impossível.
Não sei o que aconteceu que no momento a única coisa que pude dizer foi um ‘’ah’’. Agora eu tinha entendido o olhar maligno que ela tinha lançado pra mim na hora em que eu estava indo embora, ao lado de Nick. Estava mais do que óbvio que ela gostava dele, ou não, para mim ela tinha cara que desejava que todos os garotos caíssem aos seus pés, e ela queria que Nick fizesse isso.
-Posso tirar uma dúvida? - Minha curiosidade sempre fala mais alto.
Ele apenas olhou pra mim e balançou positivamente a cabeça.
- Vocês dois já ficaram?
Eu não sei porque eu fiquei vermelha, não havia o porque de eu sentir vergonha de perguntar isso, mas nem eu me entendo às vezes.
Ele soltou uma lufada de ar e me encarou com aqueles olhos, que por sinal, por causa do crepúsculo, estavam um castanho mel que eu nunca tinha visto antes, ele era lindo.
-Sim, já tivemos um caso no passado.- Ele aprofundou a voz na hora de dizer ‘’passado’’. Não sei o que aquilo significava.
Bom, minhas desconfianças estavam corretas, ela era ainda afim dele e provavelmente os dois ainda não superaram o término, estava mais do que óbvio que ainda havia uma ligação entre eles.
-Mas não temos mais nada e nunca vamos ter.
-Porque? – Soltei essa sem pensar.
Ele riu e olhou para mim novamente.
-Porque ela quer voltar comigo só para eu ser o acompanhante dela no baile da escola.
É incrível como uma frase pode trazer turbilhões de pensamentos, ele tinha acabado de confessar que não queria ficar com ela por interesse, eu podia levar pelo lado de que ele ainda gostava dela e ela só usaria ele para isso, ou bem no fundo, ele não queria ser idiota e realmente não queria ir com ela no baile. Mas é óbvio que o primeiro pensamento falou mais alto.
Acho que ele havia notado o meu silencio e mudou de assunto.
- E você, irá com quem no baile?
Eu nem sequer havia lembrado que ia ter esse baile estúpido na escola, eu nunca havia ido a um e também não vejo o porque de ir, eu nem sei dançar e principalmente eu nem tinha um par para ir comigo.
-Eu não vou. – Disse por fim.
Ele me encarou e arregalou um pouco os olhos.
-Porque?
Esta sim é uma boa pergunta. Ah, claro, porque eu não sei dançar e também porque eu não posso ir a um baile sem um garoto do meu lado! Isso basta?
Eu não tinha o que responder, eu não ia dizer para um GAROTO que eu não sabia dançar e é claro não posso me esquecer, eu não tinha com quem ir, isso era extremamente constrangedor.
Por isso respondi com o meu silencio e deixei ele tirar as suas conclusões, devia ser menos pior do que eu falar.
Ele balançou a cabeça e soltou uma risada, acho que ele havia sacado.
-Você não tem um acompanhante.
A minha vergonha estava esculpida na minha cara, eu não podia ficar calada.
- Ah, hum, er, não, não é isso, tenho coisas mais importantes pra fazer no dia. – Eu não devia ter gaguejado.
- Não precisa mentir pra mim Emily, isso está escrito na sua testa. Mas não se preocupe, você acaba de arranjar um.
Eu o encarei perplexa, esse deus grego estava me convidando pro baile da escola? Era isso que eu tinha entendido? Não era, não podia ser verdade.
-Claro, a não ser que você queira.
Que frase tola era óbvio, estava na cara que era o que eu mais queria.
-Iai?
Ele olhou tão fundo nos meus olhos que eu conseguia me ver através deles.
Foi direto e totalmente sem pensar duas vezes.
- Sim, ok, eu irei.
Ele apenas sorriu com os lábios.
Eu mal havia percebido que já havíamos chegado na minha casa.
-Bom, ótimo, está entregue, nós combinamos na escola que horas vamos ao baile.
Parecia que eu estava sonhando. O meu ‘’obrigado’’ saiu como um sussurro, nos despedimos, como amigos é claro, e eu entrei para casa sem sentir realmente o chão, estava nas nuvens imaginando se aquilo era real de verdade.

Cap. 8 – O dia quase perfeito.

O dia estava perfeito, apesar das intensas mudanças que aconteceram desde que me mudei, eu estava me adaptando.
Deitada na espreguiçadeira estava pensando em Nick, em como estava o nosso diálogo agora. Nós não estávamos nos falando como éramos antes, desde o meu 1° dia,ele foi a 1° pessoa que conheci da escola e posso dizer até da cidade. Nunca me esqueço de como nos conhecemos, foi desastroso, porém, engraçado. Esbarrei nele quando estava saindo para ir para a sala de aula, depois disso, ele foi a pessoa mais próxima que eu tinha.
Tinha, eu disse bem, agora nós conversávamos apenas o necessário e apenas dentro da sala de aula. Não vou me mentir, isso me afetou e ainda me afeta, por mais que seja bom eu desencanar dele e vendo que isso é a melhor forma de esquece-lo, mantendo distancia, eu sentia falta de olhar de verdade para aqueles olhos hipnotizantes e de ouvir aquela risada que eu reconheceria de longe. Eu estava tão absorta em meus pensamentos que parecia que eu realmente podia ouvir sua risada, era real demais, tão real que abri os meus olhos e avisto um pequeno grupo ao meu lado. Estavam jogando bola e logo reconheci que era Katy e suas seguidoras e para o meu espanto, havia um grupo de meninos também e Nick estava com eles.
- Ah, que maravilha! – Falei comigo mesma, o meu dia estava absolutamente perfeito, agora estava parecendo um filme de tortura.
Estava torcendo para que nenhum deles me vissem, rapidamente botei os meus óculos escuros e já fui me aprontando para escapar dali.
Até agora, o meu plano estava dando certo, ninguém notou a fugitiva aqui, os garotos estavam tacando areia na branquela da Katy e suas amigas, que por sinal, gritavam parecendo que estavam tacando pedras nelas, frescas.
Quando eu estava perto de escapar dali, ouço alguém gritando o meu nome.
- Droga!
Eu não estava no meu maior momento, sentia que ainda havia protetor no meu rosto e meus óculos provavelmente fizeram uma marca em volta do meu nariz.
- Estava fugindo de mim outra vez não é?
Era Nick, merda!
-Er, oi Nick.
-Iai tudo bem?
Eu o olhei pela primeira vez, e não consegui disfarçar, ele era lindo! Estava vestindo um short azul marinho e sem camisa, eu nunca o tinha visto sem camisa! Seu corpo era absolutamente escultural, perfeito demais!
-Emily?
Eu mal havia percebido que ele estava falando comigo, tentei desviar os meus olhos.
-Ah, oi, desculpas- Ri sem graça – Tomei Sol demais, a sim, está tudo ótimo, vou indo.
Eu não podia continuar ali, se eu queria mesmo esquece-lo, a melhor coisa pra começar é fugindo dele como uma covarde.
-Porque não fica com a gente? Se vai de táxi, desculpa te informar, mas, taxistas quase não aparecem de final de semana por aqui.
Não sei quantas vezes eu repeti ‘’droga, droga, droga’’, na minha cabeça.
-Sabe, eu e Katy não nos damos muito bem, isso não é uma boa idéia. Vou ligar pro meu pai e ver se pode me buscar, mas mesmo assim, obrigada pela preocupação e pelo convite.
-Não, não precisa, te levo para casa então.
Era só o que me faltava, eu tentando escapar desse anjo na minha frente que com apenas esses olhos e corpo consegue me prender no chão.
Minha mente gritava, ‘’não aceite! Volte a pé então, mas não aceite!’’. Daqui até a minha casa era uns 20 minutos de carro, estou imaginando o tempo que eu iria demorar indo a pé, e ainda pra piorar andando debaixo desse Sol ardente.

domingo, 23 de janeiro de 2011


Viva o inesperado. O imprevísivel. O impossível. O desconhecido. O improvável. Afinal, qual a graça de ter uma vida planejada?

- Nick Jonas

''Você não pode esperar achar a pessoa certa até que saiba quem você é, e o que faz o seu coração feliz.’' -Nick Jonas .

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

2011 !


Estou ao um bom tempo sem postar nada aqui.

e agora já estamos em 2011 !

2010 pra mim foi um ano de grandes impactos,emoções,amores e amizades.

Chorei e muito,ri em grandes medidas,tive pequenas doses de amor e cultivei importantes amizades. Dei grandes passos que mudaram minha vida completamente,errei muito,me decepcionei muito e me arrependi de muitas coisas que fiz.

2010 foi um ano de mudanças.

Conheci pessoas maravilhosas no qual eu vou levar pra vida toda! Amei e fui amada de diversas maneiras,dançei,pulei,beijei,gritei e tive momentos inesqueciveis.

Aqueles que não me traziam coisas positivas por uma mão divina foram tirados da minha vida e hoje olho pra trás e lembro dessas pessoas,achava que não podia viver sem elas,mas não,aqui estou eu .

A única coisas que espero de 2011 agora é que seja um ano de renovações,de mudanças. Que eu não cometa os mesmo erros que cometi no passado,que eu tenha menos arrependimentos,que eu tenha mais amores,novas amizades.

Estou sofrendo a cada ano que passa uma metamorfose,e hoje eu vejo que eu não sou mais a mesma de ontem e nem a pequena menina que fui no passado,estou pronta para um novo ano,com novos e grandes momentos sejam eles qual for.